Portuguese CP, 20 years of war and occupation of Iraq - lies, death, suffering and destruction

3/22/23, 3:38 PM
  • Portugal, Portuguese Communist Party En Pt Europe Communist and workers' parties

20 years of war and occupation of Iraq - lies, death, suffering and destruction

 

20 March 2023

Today marks the 20th. anniversary of the war and occupation of Iraq by the United States of America and its allies. The 2003 “Iraq war” constituted a flagrant violation of international law and of the sovereignty of that country, a crime launched based on a campaign of lies, going down in history the unspeakable staging by the then US Secretary of State, Colin Powell, in the UN Security Council, by presenting a list of falsehoods regarding the existence of “weapons of mass destruction” in Iraq which, as it turned out, did not exist.

The aggression against Iraq in 2003 and the spiral of war that it triggered, following the 1991 “Gulf War” and ten years of imposition of criminal sanctions and attacks on Iraq’s sovereignty and territorial integrity, resulted in millions of deaths and wounded and in many millions of displaced people and refugees. One of the most developed countries in the Middle East, which for decades had consolidated a non-confessional regime, saw its infrastructure and its economy destroyed by war and sanctions, with devastating consequences for its entire population.

None of those responsible for the destruction and occupation of Iraq, or for associated crimes such as the ignoble torture in US prisons in Iraq – of which Abu Grahib was the darkest example – has ever been called to account for their war crimes and their lies, or for statements such as those by Madeleine Albright, former US Secretary of State, who stated in 1996 that the death of half a million Iraqi children as a result of the sanctions then in force “was worth it”.

On the contrary, the subservient and collaborationists of this policy of war and lies were rewarded. Durão Barroso who, as prime minister of a PSD-CDS government, shamefully linked Portugal to the war and occupation of Iraq, hosting in our territory the infamous Lages Summit, between Bush, Blair and Aznar, on March 16, 2003, was promoted to President of the European Commission the following year.

US, UK, Australian and Polish military forces participated in the war against Iraq. Several other countries, including Portugal, later sent troops to secure the occupation. Even today, and despite the demand by the Iraqi Parliament for the full withdrawal of foreign troops, more than 2,500 US troops remain in Iraq, which fuel destabilisation in the country and in the region.

The war and occupation of Iraq by the US and its allies is just one of many examples of the strategy of war and confrontation promoted by US imperialism. March 24 marks the 24th. anniversary of the beginning of NATO bombings against Yugoslavia, following the first of several NATO enlargements to Eastern Europe. Yesterday, March 19th, 12 years have passed since the beginning of NATO bombings against Libya, at a time when the US and its allies were also setting in motion the plan of interference and aggression against Syria, arming and financing terrorist organisations and paving the road to war against yet another country in the Middle East.

Those who now claim to be immaculate defenders of international law and of the sovereignty and territorial integrity of States are the same ones who decided, carried out or supported these and many other violations of the UN Charter and the rights of peoples, leaving behind a trail of chaos and destruction that continues to this day.

The war and occupation of Iraq in 2003 represented a new qualitative leap in the strategy of forcibly imposing the planetary hegemony of US imperialism after the disappearance of the Soviet Union. It was a crime that made it very clear that the aggressive strategy of the US and its allies is aimed at all countries that assert their sovereignty and independence, regardless of their social and economic systems. It is in this context that imperialism promotes an escalation of confrontation and war, namely in Ukraine, which includes the encirclement of the Russian Federation and, in an increasingly open way, of the People's Republic of China, involving the real danger of a world catastrophe.

Capitalism in deep crisis always finds billions to finance the war and to bury in its financial system plunged into endless crises. But for the peoples, it leaves the increase in exploitation and the attack on their rights, impoverishment, deprivation, destruction. It is up to the peoples to resist and fight against this policy of regression, plunder and war, which constitutes a danger to the very survival of Humanity, by raising a broad anti-imperialist front, for peace, sovereignty, justice and social progress.

 

https://www.pcp.pt/en/20-years-war-and-occupation-iraq-lies-death-suffering-and-destruction


 

20 anos da guerra e ocupação do Iraque - mentira, morte, sofrimento e destruição

 

20 Março 2023

Assinalam-se hoje os 20 anos da guerra e ocupação do Iraque pelos Estados Unidos da América e os seus aliados. A “Guerra do Iraque” de 2003 constituiu uma aberta violação do direito internacional e da soberania daquele país, um crime desencadeado com base numa campanha de mentiras, ficando para a História a inqualificável encenação do então Secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, no Conselho de Segurança da ONU, apresentando um rol de falsidades quanto à existência de “armas de destruição maciça” no Iraque que, como se veio a comprovar, não existiam.

A agressão ao Iraque em 2003 e a espiral de guerra que desencadeou, na sequência da “Guerra do Golfo” de 1991 e de dez anos de imposição de criminosas sanções e ataques à soberania e integridade territorial do Iraque, traduziu-se em milhões de mortos e feridos e em muitos milhões de desalojados e refugiados. Um dos mais desenvolvidos países no Médio Oriente, que tinha ao longo de décadas consolidado um regime não confessional, viu as suas infraestruturas e a sua economia destruídas pela guerra e as sanções, com devastadoras consequências para toda a sua população.

Nenhum dos responsáveis pela destruição e ocupação do Iraque, ou por crimes associados como as ignóbeis torturas nas prisões dos EUA no Iraque – de que Abu Grahib foi o mais tenebroso exemplo – foi alguma vez chamado a responder pelos seus crimes de guerra e as suas mentiras, ou por declarações como a de Madeleine Albright, ex-Secretária de Estado dos EUA, que afirmou em 1996 que a morte de meio milhão de crianças iraquianas como resultado das sanções, então em vigor, “valeu a pena”.

Pelo contrário, os subservientes e colaboracionistas com esta política de guerra e mentiras foram premiados. Durão Barroso que, enquanto primeiro-ministro dum Governo PSD-CDS, atrelou vergonhosamente Portugal à guerra e ocupação do Iraque, acolhendo no nosso território a famigerada Cimeira das Lajes, entre Bush, Blair e Aznar, a 16 de Março de 2003, foi promovido a Presidente da Comissão Europeia no ano seguinte.

Participaram na guerra contra o Iraque forças militares dos EUA, do Reino Unido, da Austrália e da Polónia. Vários outros países, incluindo Portugal, enviaram mais tarde contingentes militares para assegurar a ocupação. Ainda hoje, e não obstante a exigência pelo Parlamento iraquiano da total retirada de tropas estrangeiras, permanecem no Iraque mais de 2500 soldados norte-americanos, que alimentam a desestabilização no país e na região.

A guerra e ocupação do Iraque pelos EUA e seus aliados é apenas um dos muitos exemplos da estratégia de guerra e confrontação promovida pelo imperialismo norte-americano. No dia 24 de Março assinalam-se 24 anos do início dos bombardeamentos da NATO contra a Jugoslávia, na sequência do primeiro de vários alargamentos da NATO ao Leste da Europa. Ontem, dia 19 de Março, passaram 12 anos do início dos bombardeamentos da NATO contra a Líbia, num momento em que os EUA e seus aliados punham igualmente em marcha o plano de ingerência e agressão contra a Síria, armando e financiando organizações terroristas e abrindo o caminho para a guerra contra mais um país no Médio Oriente.

Aqueles que agora se assumem como imaculados defensores do direito internacional e da soberania e integridade territorial dos Estados, são os mesmo que decidiram, concretizaram ou apoiaram estas e muitas outras violações da Carta da ONU e dos direitos dos povos, deixando atrás de si um rasto de caos e destruição que permanece até aos nossos dias.

A guerra e ocupação do Iraque em 2003 representou um novo salto qualitativo na estratégia de impor pela força a hegemonia planetária do imperialismo norte-americano, após o desaparecimento da União Soviética. Tratou-se de um crime que deixou muito claro que a estratégia agressiva dos EUA e dos seus aliados visa todos os países que afirmem a sua soberania e independência, não obstante os seus sistemas sociais e económicos. É neste contexto que o imperialismo promove uma escalada de confrontação e guerra, nomeadamente na Ucrânia, em que se insere o cerco à Federação Russa e, de forma cada vez mais aberta, à República Popular da China, comportando o perigo real duma catástrofe mundial.

O capitalismo em profunda crise encontra sempre milhares de milhões para financiar a guerra e para enterrar no seu sistema financeiro mergulhado em crises sem fim. Mas para os povos deixa o aumento da exploração e o ataque aos direitos, o empobrecimento, a miséria, a destruição. Cabe aos povos resistir e lutar contra esta política de retrocesso, rapina e guerra que constitui um perigo para a própria sobrevivência da Humanidade, erguendo uma ampla frente anti-imperialista, pela paz, a soberania, a justiça e o progresso social.

 

https://www.pcp.pt/20-anos-da-guerra-ocupacao-do-iraque-mentira-morte-sofrimento-destruicao

 

Events

April 2, 2025 - April 6, 2025 - Madurai, Tamilnadu, India 24th Congress of the CPI(M)
April 25, 2025 - April 27, 2025 - Spain XII Congress of the CP of the Peoples of Spain