Release from the PCP Press Office
27 January 2020
Today we celebrate the 75th anniversary of the Soviet Army's liberation of the Nazi concentration camp in Auschwitz, where more than one million and one hundred thousand human beings were systematically murdered in the gas chambers, by hunger and disease, in the shootings and under torture.
In marking this date, the PCP recalls the decisive and unforgettable role of the USSR, the Soviet people and their Red Army in the defeat of Hitler and Nazi-fascism, the most violent and terrorist historical expression of capitalism. The epic sacrifices of the Soviet people in World War II – with more than 20 million dead –, which led to the liberation of peoples and workers from Nazi-fascist barbarism, will never be forgotten.
In the Nazi concentration camps, millions of human beings were exterminated, mostly prisoners of war and Soviet, Jewish, Slavic civilians, among others. But the Nazi concentration camps were also slave labor camps in the service of the great German monopolies – IG Farben, Krupp, Siemens, AEG and others – that played a decisive role in the rise of Hitler and Nazism to power. Camps where the exploitation of human labor was taken to the extreme – until death – and where those deemed unfit for work were cruelly eliminated.
No campaign of lies and historical falsification can ever erase the decisive role of the Soviet Union and the communists, spearheading the Resistance and the struggle that defeated Nazi-fascism at the expense of unspeakable sacrifices.
A fight against fascism that includes the struggle of the Portuguese Communist Party for freedom and democracy, against the fascist dictatorship in Portugal, which oppressed the Portuguese people for almost half a century, liquidated the most elementary freedoms, condemned our country to backwardness and misery, repressed, tortured and murdered, led criminal colonial wars.
Communists were the first victims of fascism. It was in the name of anti-communism that a large part of the ruling class colluded and supported the rise and brutality of fascism, and not just in the countries – like Portugal – where it came to power. A complicity with clear signs of its supporting social class, inseparable from the desire to see Nazi-fascism crush the workers' movement and the communist parties, save capitalism from a deep crisis, and attack and destroy the Union of Soviet Socialist Republics.
The responsibilities of monopoly groups and Western powers in the rise of fascism and the outbreak of World War II are evident in the betrayal of the Spanish democratic Republic, in the abandonment of the peoples who were the first victims of fascist aggressions – such as Ethiopia, China or Austria – or at the Munich Conference of September 1938, where the United Kingdom and France openly collaborated with Hitler and Mussolini in the dismemberment of Czechoslovakia. It was also expressed in the surrender and collaborationism of Vichy France.
The connivance of big capital with fascism continued, after the Second World War, with the promotion of an anti-communist alliance headed by the USA – as exemplified by the transformation of fascist Portugal into an ally and founding member of NATO –, aiming to contain and reverse the historic advances in social and national liberation achieved by postwar peoples. Thousands of Nazi-fascists and their collaborators were put at the service of anti-communist campaigns and networks of subversion and terrorism – like 'Gladio' – created by American imperialism and its allies around the world. In numerous countries, such as the Federal Republic of Germany, they were placed in important positions of power. With these means and imperialism's open and covert support, forces emerge today in several Eastern European countries – such as in Ukraine or in the Baltic Republics – to rehabilitate fascism and openly glorify collaborators with Nazism, at the same time to destroy the monuments and memory of Soviet troops and outlaw Communist Parties, and harass Communists and other Democrats.
As history demonstrates, the most reactionary and anti-democratic conceptions and intentions hide behind anti-communism.
The whitewashing of fascism and its crimes is not new, as attested, for example, by the visit of the US President, Ronald Reagan, and the Chancellor of the Federal Republic of Germany, Helmut Kohl, to the 'SS' cemetery (the Nazi shock troops), in Bitburg, in 1984. But the campaigns to whitewash fascism, trivialize fascist ideology, of lies and historical falsifications gain an unprecedented dimension today, with the shameful anti-communist resolution adopted by the European Parliament, last September, or the unacceptable initiative to create a 'museum' dedicated to the dictator Salazar, in Portugal.
These campaigns demonstrate that, as in the 20th century, sectors of big capital are now invested again on attack on freedoms, democracy, sovereignty, violence, and war, to try to overcome the structural crisis of capitalism and stop the inevitable resistance of the workers and peoples against the onslaught of this brutal system of oppression and exploitation. Particularly cynical and perverse is the campaign, in the name of the just condemnation of the cruel Nazi persecution of Jews, to justify the crimes of Israel's Zionist regime against the Palestinian people and the violent and illegal occupation of Palestinian territories.
At a time when humanity is once again facing the threat of fascism and war, PCP raises the banner of peace and truth, of the fight against lies and historical falsification, against fascism and war, and appeals to the conscience and mobilization of democrats and anti-fascists to never repeat Auschwitz, the horrors of Nazi-fascism and war.
http://www.pcp.pt/en/75-years-liberation-auschwitz-soviet-army
75 anos – Libertação de Auschwitz pelo Exército Soviético
Nota do Gabinete de Imprensa do PCP
27 Janeiro 2020
Comemoram-se hoje 75 anos da libertação, pelo Exército Soviético, do campo de concentração nazi de Auschwitz, onde foram sistematicamente assassinados – nas câmaras de gás, pela fome e a doença, nos fuzilamentos e sob a tortura – mais de um milhão e cem mil seres humanos.
Ao assinalar esta data, o PCP recorda o papel determinante e inesquecível da URSS, do povo soviético e do seu Exército Vermelho, na derrota de Hitler e do nazi-fascismo, a expressão histórica mais violenta e terrorista do capitalismo. Os épicos sacrifícios do povo soviético na Segunda Guerra Mundial – com os seus mais de 20 milhões de mortos –, que levaram à libertação dos povos e dos trabalhadores da barbárie nazi-fascista, nunca serão esquecidos.
Nos campos de concentração nazis foram exterminados milhões de seres humanos, na sua maioria prisioneiros de guerra e civis soviéticos, judeus, eslavos, entre outros. Mas os campos de concentração nazis foram também campos de trabalho escravo ao serviço dos grandes monopólios alemães – IG Farben, Krupp, Siemens, AEG e outros – que desempenharam um papel decisivo na ascensão de Hitler e do nazismo ao poder. Campos onde a exploração do trabalho humano era levada ao extremo – até à morte – e onde os considerados inaptos para o trabalho eram cruelmente eliminados.
Nenhuma campanha de mentiras e de falsificação histórica poderá jamais apagar o papel decisivo da União Soviética e dos comunistas, encabeçando a Resistência e o combate que derrotou o nazi-fascismo à custa de inenarráveis sacrifícios.
Combate contra o fascismo, em que se insere a luta do Partido Comunista Português pela liberdade e a democracia, contra a ditadura fascista em Portugal, que durante quase meio século oprimiu o povo português, liquidou as mais elementares liberdades, condenou o nosso País ao atraso e à miséria, reprimiu, torturou e assassinou, conduziu criminosas guerras coloniais.
Os comunistas foram as primeiras vítimas do fascismo. Foi em nome do anti-comunismo que grande parte da classe dominante foi conivente e apoiou a ascensão e a brutalidade do fascismo, e não apenas nos países – como Portugal – onde alcançou o poder. Uma conivência que teve uma clara marca de classe, inseparável do desejo de ver o nazi-fascismo esmagar o movimento operário e os partidos comunistas, salvar um capitalismo em profunda crise, e agredir e destruir a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
As responsabilidades dos grupos monopolistas e das potências ocidentais na ascensão do fascismo e na eclosão da Segunda Guerra Mundial fica patente na traição à República democrática espanhola, no abandono à sua sorte dos povos que foram das primeiras vítimas das agressões fascistas – como a Etiópia, a China ou a Áustria – ou na Conferência de Munique de Setembro de 1938, com a colaboração aberta do Reino Unido e da França com Hitler e Mussolini no desmembramento da Checoslováquia. Expressou-se também na rendição e colaboracionismo da França de Vichy.
A conivência do grande capital com o fascismo prosseguiu, após a Segunda Guerra Mundial, com a promoção de uma aliança anti-comunista encabeçada pelos EUA – como exemplifica a transformação do Portugal fascista em aliado e membro fundador da NATO –, visando conter e reverter os históricos avanços na libertação social e nacional alcançados pelos povos no pós-guerra. Milhares de nazi-fascistas e seus colaboracionistas foram postos ao serviço das campanhas anti-comunistas e das redes de subversão e terrorismo – tipo ‘Gladio’ –, criadas pelo imperialismo norte-americano e seus aliados em todo o mundo. Em numerosos países, como a República Federal da Alemanha, foram colocados em importantes posições de poder. É desses meios e desses apoios abertos e encobertos do imperialismo que surgem as forças que hoje, em diversos países do Leste da Europa – como na Ucrânia ou nas Repúblicas do Báltico – reabilitam o fascismo e glorificam abertamente os colaboradores com o nazismo, ao mesmo tempo que destroem os monumentos e a memória das tropas soviéticas e ilegalizam os Partidos Comunistas, e perseguem os comunistas e outros democratas.
Como a História demonstra, sob o anti-comunismo escondem-se as concepções e os intentos mais reaccionários e anti-democráticos.
O branqueamento do fascismo e dos seus crimes não é novo, como atesta, por exemplo, a visita do Presidente dos EUA, Ronald Reagan, e do Chanceler da República Federal da Alemanha, Helmut Kohl, ao cemitério das ‘SS’ (tropas de choque nazis), em Bitburg, em 1984. Mas as campanhas de branqueamento do fascismo, de banalização da ideologia fascista, de mentira e de falsificação históricas, ganham hoje uma dimensão inaudita – onde se integra a vergonhosa resolução anti-comunista aprovada no Parlamento Europeu em Setembro passado ou a inaceitável iniciativa de criação em Portugal de um ‘museu’ dedicado ao ditador Salazar.
Estas campanhas demonstram que, tal como no Século XX, sectores do grande capital apostam hoje de novo no ataque às liberdades, à democracia, à soberania, na violência, na guerra, para tentar ultrapassar a crise estrutural do capitalismo e travar a inevitável resistência dos trabalhadores e dos povos face à ofensiva deste brutal sistema de opressão e exploração. Particularmente cínica e perversa é a campanha para, em nome da justa condenação da cruel perseguição nazi aos judeus, procurar justificar os crimes do regime sionista de Israel contra o povo palestiniano e a ocupação violenta e ilegal de territórios da Palestina.
Num tempo em que a Humanidade enfrenta de novo a ameaça do fascismo e da guerra, o PCP, levantando a bandeira da paz e da verdade, do combate contra a mentira e a falsificação histórica, contra o fascismo e a guerra, apela à consciência e mobilização dos democratas e anti-fascistas para que nunca mais se repitam Auschwitz, os horrores do nazi-fascismo e da guerra.
http://www.pcp.pt/75-anos-libertacao-de-auschwitz-pelo-exercito-sovietico